Há duas semanas atrás, a mãe do meu namorado encontrou uma caixinha no estacionamento de um mercado. Na caixinha tinham dois gatinhos, um macho e uma fêmea. Logo um carro parou e pegou o machinho, deixando a fêmea ali.
Ela pegou a caixinha e levou pra casa. Eu e meu namorado estávamos lá, e tínhamos sido avisados de que teríamos que ser o lar temporário daquela gatinha, e precisávamos providenciar alguém com um coração gigante pra adotar aquela bolinha de pelos.
Logo que abrimos e caixa, aquela gatinha nos conquistou. Pegamos, demos carinho, limpamos, alimentamos, emprestei meu pescoço pra ela se acomodar e dormir um sono bem gostoso, e comecei a chamá-la de Judite. Tinha cara de Judite, era a Judite. Mas nós éramos o lar temporário.
Quando fomos colocá-la pra dormir, veio aquele medo dela estranhar o lugar novo, os moradores (na casa do meu namorado tem o James e a Jessie, dois gatos com mais de um ano que são bem ciumentos), e tudo mais. Claro que a interação com os outros gatinhos foi um pouco tensa, mas nada que prejudicasse ninguém. Ela dormiu uma noite inteira, em paz, descansou legal. No dia seguinte, aproveitamos que ela tava bem mais brincalhona pra tirar fotos, e sair divulgando Facebook afora.
Eu não tinha como ficar com ela, meu pai tem asma e apesar de amar gatos, não pode conviver com eles. O Dri e a mãe dele não queriam mais um gato, os outros poderiam não acostumar por nada e etc. O jeito era divulgar, até encontrar uma pessoa bem legal pra ser mais legal ainda com a Judite. Ainda falava que a pessoa que se interessasse ia ter que passar por um rigoroso teste, eu queria ter certeza de que entregaríamos a Judite em ótimas mãos.
Fotos tiradas, postei no meu Facebook. Só o meu post teve mais de 20 compartilhamentos, o que me fez ter esperanças de que logo ela teria um lar. Mas aparentemente a Judite não era boa o suficiente pra ninguém. Ou era muito pequena, ou muito manchada, ou muito magrela. Pois é. E lá se passou uma semana, e todo mundo se apegando à Judite.
Um dia, então, Dri me ligou e disse que resolveu ficar com a Judite. Ela conquistou mesmo todo mundo, com aquela cara de quem tá sempre com fome, aqueles dentinhos prontos pra morder qualquer coisa e aquele pique pra brincar com todo mundo.
Então, hoje a Judite é nossa.
E essa é a Judite:
Infelizmente ainda tem muito bichinho nas ruas que só precisam de um lar pra dar todo o amor que tá dentro do coraçãozinho deles (e é amor demais, viu). Se você não pode ter animais em casa mas ainda sim quer ajudar, tem várias possibilidades. São muitas ONGs precisando de ajuda, uma doaçãozinha que você faça já é muita coisa.
Celebridade Vira-Lata (comprando um calendário, você ajuda muito)
Besocas! (minhas e da Judite)
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