Como nasci na década de 90, bem no comecinho dela, minha infância teve como trilha sonora a grande explosão da música pop. Britney Spears, Spice Girls, Backstreet Boys, N'Sync, Christina Aguilera, dentre outros, surgiram pro mundo e fizeram seu barulho. Vou ser honesta: só gostava de Britney e Spice Girls, de resto, não posso dizer que vivi. Mas né, fazia barulho. Tanto, que no Rock in Rio de 2001, mesmo fazendo muito roqueirão torcer o nariz, teve Britney. Teve N'Sync. Aceitem que dói menos.
Daí que os anos 2000 chegaram, N'Synce, Spice Girls e Backstreet Boys se separaram, Britney surtou e Aguilerão abraçou o lado vagabitch total. Veio Avril Lavigne querendo ser a molecona amiga dos meninos que arrota na mesa e constrange as pessoas na rua (mas isso durou tipo, um, dois anos), e aquela safra nova de Disney, direto do High School Musical. Nem vou entrar em detalhes de Demi, Selena e Hannah Montana, vou parar por ali, em HSM. E lá pra 2008 (que eu me lembre), apareceu Katy Perry, toda meiga e abusada trabalhada na pin up. Pra coroar, veio Lady Gaga.
Você, gostando ou não dela, há de concordar que foi a fofa quem deu um novo ânimo à musica pop. A época do The Fame, primeiro álbum dela, era maravilhosa, era tudo diferente. A menina que preferia ser estranha a ser sensualzona, com uma voz maravilhosa, músicas que grudavam na cabeça e aquele visual Gaga de ser. Mas essa explosão não durou tanto. No Born This Way, já deu pra ver que a fórmula de ser diferente a qualquer custo cansou, as pessoas queriam mais. E depois de tanto esperar, de tanto anunciar a obra prima que estaria por vir, chegou ARTPOP. Applause, primeiro single, música chatinha, de genial e inovador não tem nada. E sim, Gaga e sua legião de little monsters anunciavam que seria algo inovador, que seria incrível. Não achei. Demorei muito a ouvir o CD inteiro, já que Applause tinha me deixado o aviso de não ouvir. Mas daí ouvi, e...oh. Prefiro ficar com a imagem de Gaga na época maravilhosa do The Fame, onde ela não precisava ser genial, não precisava abalar com tudo, não precisava revolucionar a música pop. Não vou discutir faixa por faixa, mas não teve nenhuma que me chamou atenção de verdade. Esperava muito mais de um álbum tão aguardado assim.
Voltando à Katy e seu Prism, álbum todo pessoal que fala sobre sua conturbada separação e etc e etc. Detestei. Só Roar se salva mesmo, e nem é uma música tão incrível assim. Achei o álbum forçado demais, principalmente por essa coisa que a Perry tem de querer se reinventar totalmente a cada álbum. Se é algo natural, sai bom. Mas não é. Vide a passagem de One Of The Boys pra Teenage Dream: de menina louquinha que é naturalmente sexy pra mulher aficionada por doces gigantes que esfrega os peitos na sua cara porque isso é sexy. Katy, não. Ela é linda, não precisa forçar absolutamente nada, tem carisma, tem presença de palco, voz...bem...ela é simpática, isso basta.
Assunto delicado porque agora falo de Britney Spears (a.k.a. Godney Spears pra nós, que idolatramos). Britney Jean, seu mais recente álbum, é, segundo a própria, bem pessoal. Ela tem assina todas as faixas, diz que o título é exatamente como a família a chama, e etc. Eu ouvi o álbum, e particularmente, adorei. Claro que não chega a ser um In The Zone, um Blackout, mas é um ótimo álbum. Mas parece que foi feito pra fã gostar mesmo. Talvez por não termos uma turnê dele (Britney vai começar uma bateria de apresentações em Las Vegas), pela falta de divulgação...ele simplesmente não deu certo fora do circuito de fãs. "Mas o artista tem que agradar aos fãs primeiro" sim, tem, mas não apenas aos fãs. Tem que conquistar público diferente, tem que fazer querer comprar o álbum. Fã compra mesmo, não tem erro. Mas os charts por aí não são bons, e pra Britney, isso deveria importar.
E agora, eu pergunto: o que fizeram com o POP? Sei que não citei muitos exemplos, preferi me manter onde sei dar palpite, onde falo com conhecimento de causa. Usei esses três lançamentos recentes, que não foram tão bons assim pra mim, pra poder exemplificar. Não acho que a música pop deva ser revolucionada, mas sim, melhorada. Hoje em dia as coisas são tratadas muito de qualquer jeito, vide letras de música. Pega uma ...Baby One More Time e compara com Work B**ch. Enfim.
Post quase desabafo, sem fundamento crítico. Só uma grande fã da música pop que não tá tão satisfeita com o que tá acontecendo.
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